quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O lutador



Desci o rio Etenes rapidamente e fui só, apenas um mensageiro de confiança me dava informações.

Fugi de todo meu exército de anjos decaídos porque eu tinha certeza de que não poderei mais lutar por eles. Havia descoberto traições e intrigas e parti.

Como disfarce trabalhei servindo bebida e recebia homens tolos e meninos afoitos.

Escondi a Ruana Guerreira e fui de muitos homens... na verdade eles foram meus.

O primeiro foi o lutador, tatuado, briguento, gostoso.

Fizemos sexo infinitamente... por dias e noites as vezes... no beco chupei seu pau enquanto ele me masturbou com suas mãos judiadas. Fiz um boquete até ele gemer sem dor. Cada garrafa que tilintava era um pedido dele por mim. Ele se apaixonou e enlouqueceu quando soube que sai com seu amigo... foram só preliminares mas se sentiu traído pois no dia dos namorados haviam dois outros homens envolvidos comigo. Fui de todos e dele também. Mas nunca mais foi a mesma coisa pois ele se ressentia. Gostava muito quando ele me pegava de ladinho e me comia com os olhos perturbados. Caiamos juntos muitas paredes. Ele lambia meus pés e sorvia minha boca. Colocava a minha mão em seu pau ereto como uma pedra e que eu lambia até ver escorrer sua porra quente. As vezes agachava na boca dele e gozava enquanto via recados de outros homens. Foi gostoso sim e passou como sempre. Na verdade ele tentou se vingar mas eu guerreira e amiga dos patrões e fui vingada. Foi divertido... é bom quando sabemos mais do que sabem... é bom gozar e usar um homem gostoso e forte. É bom deixá-lo. Lembro bem quando aconteceu de eu nunca mais querê-lo. Ele me implorou por sexo e eu disse que adoraria mas havia algo novo em minha vida e assim foi... Houveram outros enquanto estive lá.
A casa da luz vermelha

Se não fosse pelas garotas estarem seminuas espalhadas pela casa e sobre os palcos, seria a festinha mais comportada que eu já estive.
Ninguém se pegava, se tocava, com execssão da apresentação de sexo explícito que parecia algo tão banal e corriqueiro.
Todas as garotas eram simpáticas, educadas e até refinadas se comparadas as patricinhas das baladas da Vila Olímpia que simplesmente fazem sexo no banheiro, na pista, se pegam, se tocam e quebram todos os protocolos.
Eram bonitas, feias, magras
e gordinhas, apareciam de lingeris, biquines, vestidinhos. Tinham um gato branco de mascote que dormia angelical no tapete vermelho quase decadente.
No banheiro sujo e desprovido de luxo nada além de arrumar o cabelo e ir ao toallete.
Na pista minúscula dancei. Vestida da cabeça aos pés. Dentre os homens quase tímidos que pareciam parte de algum mobiliário nada encontrei que pudesse chamar a atenção ou escrever aqui, um episódio de sacanagem.
Um garçom mal humorado disse para eu não tocar nele quando pedi um isqueiro colocando minha mão sobre seu pulso, ri...
Nada de dançar junto com os amigos. Sem toques me lembrei da igreja ortodoxa que frequentava quando criança onde ninguém tocava ninguém.
Meu coração se encheu de compaixão pelas garotas que trabalhavam pois estavam ali tão em paz com os outros que eu quis ser amiga delas. Trocar receitas, piadas, desabafos.
Entre elas encontrei um porto seguro, ninguém me tocaria ali, ninguém me cantaria ali, ninguém me incomodaria. O palco era delas, a noite tb e eu podia simplesmente dançar, beber e respirar.
Mil cigarros, músicas e estilos, latas de cerveja vázias sobre a mesa. Por pouco não as convidei para frequentarem minha casa.
Elas eram como amigas sem que eu nem soubessem seus nomes com a excessão da mulher granola, vestida de vermelho com cintão preto como que uma mamãe noel bonita mas com um toque vulgar na aparência que não se impunha como uma condição de quem era e sim por regra de moda apenas.
Saí de lá bebada, pura, candida, angelical.
Enternecida... ri pelas avenidas em que eu corri para chegar em casa... ri porque eu estava certa, ri porque eu tive a prova de que a perversão não esta no corpo vendido ou comprado, no dinheiro sujo e lavado, no que se faz quando se deita e se levanta para se deitar de novo. A perversão estava no cotidiano, em cada traição que se bebe forçada. Em cada maldade escondida sob a pele de meninas comportadas que trabalham em escritórios enfadonhos. Em amores traídos pela vaidade ou maldade. A perversão, o sórdido ou explícito está entre os artistas remunerados, as drogas utilizads para a fuga. O perigo esta nas vontades enrustidas e não confessadas. Por trás de mesas e homens de gravatas que se dizem sérios e capitalistas.
Eu estava certa e já não me importava o que pensavam sobre mim. Eu e a erva, eu e a transa no primeiro encontro eu e os mil copos de tequila, quem poderia me julgar ou e rejeitar? Eu era honesta, sincera, sem tipo, sem estratégia, inteira, sem mentiras ou traições. Eu fazia aquilo que queria e podia. Eu posso dizer o que penso e fazer o que quero. Eu pago o preço. Não há laços, alianças, contratos, certidões eu sou livre. Livre. A liberdade é cara mas eu posso pagar. Vc pode? Algemas cingem seus pulsos? Livre-se de tudo o que vc sabe, acredita, pensa. Preconceitos, exaltações... Sigo... andarilha e errante. Minha verdade não está pronta, é mutante, a dos outros é utopia. mentem para si, comem pratos refinados regados a ódio e dinheiro.
Tenho tudo de que necessito, pois desde menina luto para ver além dos muros e nesta noite entre mulheres que não valem nada para a sociedade eu entendi que tudo que sonhei e quis ter, CONSEGUI! Sou uma mulher de sorte, forte e fraca. Sou uma guerreira que queima na fogueira, sou o lado torto, a excessão, sou a errante, a renegada, rejeitada, a causa da incerteza das damas da sociedade, estou entre os anjos caídos, o inferno alegre e cobiçado pelos pais de família hipócritas. VENCI.
O Soldado

Ruana se estabeleceu na cidade de Capadócia depois de vagar pela escuridão do vale Sete durante meses.
Com apenas alguns guerreiros começou a formar um novo exército do outro lado do estado de Mirra. Deixou tudo para trás e recomeçou em seu pequeno e modesto castelo.
Havia muito a ser feito, Ruana era perseguida, procurada, sua cabeça estava a premio. Ela corria grandes perigos e a dor em seu olhar era eminente embora escondesse atrás de prazer, luxúria, mentiras, fantasias e uma vida que não era em absoluto sua.
Foi durante estes dias que ela conheceu um jovem soldado, ele logo se ofereceu para a formação. Se dispôs a tudo, trabalhou muito, se mostrou fiel, companheiro e eficiente no trabalho.
Por trás de toda a sua devoção, de todo esforço, campanhas, sentinelas, noites sem dormir, tarefas árduas... havia um motivo: ele sucumbia aos encantos de Ruana e então declarou seu amor. Com toda a fúria, ardor, desejo ele a quis e embora fosse apenas um soldado, Ruana se compadeceu, se encheu de compaixão e o olhou nos olhos como não fazia a muito. Devotado o soldado lhe trazia oferendas, sacrifícios, favores...
Ruana tentou convencê-lo de que não era conveniente mas ele era impetuoso, louco, obsessivo em seu desejo por ela.
Aos poucos ele foi se infiltrando pela sua vida, seu quarto, sua casa.
Sem roupa, moreno, forte, cheio de vigor e libido, Ruana deixou que ele a chupasse por minutos a fio até que gozava, ele era bom, eles passavam a noite fazendo sexo, que ele chamava de amor, Ruana endurecida pelas guerras, estranhava aquele nome e até mesmo achava mais bonito fazer sexo, ser chamada de puta e vadia e levar tapas. Ele porém, insistia em lhe chamar de rainha e em querer ter filhos com ela.
Ruana precisava acabar com aquilo mas ficava completamente molhada quando ele a lambia desesperado e falava de seu gosto, as vezes ele a acariciava com seus dedos e em seguida os lambia como se ela fosse algum doce. Ele metia forte seu pau grande e fazia ela gozar várias vezes, muitas vezes. Sua barba roçava em suas costas enquanto ela arrebitava seu bumbum e o apertava contra seu pau.
Quando se banhavam juntos ele sempre tentava convencê-la de algo perigoso ao que ela ao todo não sedia.
Ruana pedia com freqüência para ele machucá-la mas ele declinava e nem era capaz de apertar seu pulso até que doesse. Ruana acendia um cigarro e fumava com ele, também usavam chocolate e vinho entre uma transa e outra. Escutavam músicas e viam imagens tridimensionais.
Ele sempre queria estar encostado nela e seu pau sempre estava duro. Suas mãos ásperas e dedos grossos em cada pedacinho de seu corpo. Em tudo nela ele reparava e queria. Planejava viagens além do rio, apresentações oficiais, família... Ruana escutava como a um sino que repica alto e imperativo, não conseguia entender aquilo, não contava com uma vida que há muito vivera. Ruana se deu conta de que não era e nunca mais poderia voltar a ser a mesma pessoa. Enquanto o vázio estampava sua alma.
Depois louca de vinho, ela abria as pernas para seu soldado, pedia a ele coisas indecentes, amoral, pervertidas. Se esfregava nele até ficar tão molhada e ter orgasmos múltiplos. Falava obscenidades com sua voz de aço cortante.
Beijavam por oras a fio, se lambendo, se chupando, se abraçando, se acariciando até que cansados eram vencidos e agarrados dormiam.
Quando Ruana via os raios clarearem seu quarto sabia que deveria terminar com aquilo tudo. Mas o soldado prosseguia ao seu lado, por vezes adoecia por sua obsessão por ela. Ruana queria lhe cuidar mas queria também fugir. Mas enquanto nada se definia o soldado a comia, com as mãos, com a boca, com o pau e com sua alma.
Mosaico

Um entre tantos me chama a atenção... beijos....tapas....o tempo passa.
Depois de tê-lo devorado com meus olhos quando virtualmente ele apareceu diante de uma câmera, eu o encontrei de verdade.
Olhos verdes, brilhantes, não sorria de mais, não falava demais, não era sério demais... cicatriz no pescoço como um dos guerreiros do exército de Ruana.
Tinha suas dores, seus amores, suas histórias que a um certo momento se perdeu na vontade de um beijo prometido, jurado, esperado.
Boca gostosa, molhada na medida certa, beijava um beijo calmo, safado e sem pressa. Fiquei molhada, passei a mão no seu pescoço, tantas vezes na vida como mulher, tive dúvidas se queria ou não alguém e agora não tinha dúvida alguma, peguei a mão dele...a cama... roupas sendo jogadas, lindo sem camisa, cabelo bem curto, braço forte, pau grande...macho...
O gosto dele era bom demais, chupei seu pau, beijei a pontinha dele... quis muito que ele colocasse em mim...e quando ele fez isto encostou num lugar dentro de mim que é raro acontecer. Gozei algumas vezes como uma cachorra.
A cada estocada imaginava não só o que estava fazendo mas muitas outras coisas que nem cheguei fazer.
Olhei para ele ali em cima de mim, a mão dele era firme, o pau dele entrando na minha bucetinha...
E depois que ele me comeu bem gostoso...voltando ao quarto... seu pau duro... ele me comeu de novo...
Me pediu para chupar o pau dele e gozou na minha boca...
Acordei num outro dia, seu cheiro, seu gosto... me masturbei pensando que ele gozava no meu rosto, no meu cabelo, nas minhas mãos e corpo. Pensava "sou sua cachorra, sua puta, sua vadia... quero vc, seu pau e uns tapas... chupar seu pau... te dar o que nunca dei, fazer o que nunca fiz..."
Suicide

Misturo sibutramina com fluoxetina. Tomo substâncias etílicas com grande porcentagem de álcool por horas a fio.
Canabis, Prozac, Lexotam 6mg.
Analgésicos, Valeriana, Furosemida, Tiratricol, Espironolactona, Etiladrinol, Dermonide, raxixe, skank, LSD, ecstasy, cogumelos, vortex...
Corto, perfuro.... A dor física encobre a que corrói na alma.
Caio infinitamente e não reconheço nada e ninguém. Amo um e odeio todos e também a mim.
Se a arma fria ainda reluz em minha nuca e se meus irmãos me usaram como puta. Poderia esquecer?
Seguir adiante?
Vi a morte perto. Quem esquece?
Favela fétida, sonhos de escritora, não, repressão.
Pequena e úmida casa, bancadas de madeira para dormecer, cobertores ásperos na pele fina.
Humilhação. Cospem sobre mim. Minha fé.
Chutes nas pernas crianças, pés de homem feito.
A Cinta arde no corpo, chibatas.
Tapas na cara para me colocarem no lugar.
Senhora de nove anos> Puna e castigue. Não deixem que diga ou pense.
Joelhos no cimento duro. Frio que gela os ossos, brados que evocam o incompreensível por mais que deseje compreender.
Feridas que não fecham. Terapia, overdose, sexo barato, prostituição e drogas.
Vida barra pesada.
Monstros assolam alma, penetram o piso de madeira e se esquiva na penumbra.
Castradores de plantão que torturam por prazer.
Pancadas no rosto e costas. Calada.
Imploro.
Cresço na dor que transborda do espírito.
Gritos, pancadaria e violência.
Sufoco.
Meu amado.
Filhos mortos.
Emoções baratas.
É sempre surpreendente ver o que há de mais podre dentro de si mesmo. Coisas que nunca podem ser ditas.
Teatro, sexo.
Esqueço a vingança, estou plena de misericórdia e compaixão.
Uso o homem de outras mulheres. Jogo fora as sobras. À margem.
Faço sexo num beco imundo.
Éter? Gasolina? Tomo coquetéis preparados a dez mãos. Entrego-me a orgias sem lembranças. Morro todas as manhãs.
Faço poesia e pornografia.
Flores, amores... Hipocrisia?
Cansaço intrínseco que completo com maquiagem e duas doses de vodka. Indago e nada alivia esta agonia. Olham-me e me julgam e nada disso faz algum sentido.
Eu: guerra.
A boca diz que tem fé, mas o nariz está empoeirado.
Sento-me à mesa com eles, e canto a mesma canção, mas a minha espada está em punho e estou atenta. De alguma forma sempre estarão ali, mesmo que saiam...
A bruxa queimada viva e do mesmo fogo: a sentença.
Quebrando as poucas regras

Se há um ano ou dois vc me olha. Sei que o que lhe serve é me comer, trepar comigo. Agora mais que nunca vc vê uma fonte de orgia. Me agarra mais forte do que me agarraram na vida. Espalha meu cabelo com as mãos e deixa marcas pelo meu corpo. Seu pau é grande e indecente. Vc o enfia em mim e só não dói mais porque fico tão molhada com seu jeito bruto.
Vc é jovem e me surpreende. Gostei muito. Me masturbei pensando em vc me comendo por trás, gozando no meu rosto e me usando como uma vadia.
Vc é pervertido. Sua rola grande é dura encosta num lugar gostoso da minha buceta.
Vc me chupou aquela noite até eu gozar. E eu gozei muito, sua língua invadindo cada pedacinho e me fazendo gemer feito uma cachorra.
Nunca vou me esquecer do beijo que vc me deu enquanto roçava seu pau, ainda na sua calça jeans, pelo meu corpo. Adoro que vc coloca minha mão no seu pau e a segura enquanto bato uma punheta para vc.
Não é bom que um soldado deite comigo. Tanto a perder. Tenho poucas chances.
Não devo correr riscos. Talvez uma vez mais. Talvez nunca mais. Partir. Batalhas importantes. O mundo é muito grande e solitário. Uma vida que vc jamais compreenderá. Sozinha sou forte, mas com alguém sou fraca e má. Cada um tem sua sina. A nossa foi sacanagens adoráveis, inesquecíveis e breves.
O príncipe de Andaluzia

Ao som da música ao vivo ela dançava num bar... Um homem lindo e jovem entra e chama atenção. Depois de pouco tempo Ruana beija o príncipe, os beijos se esquentam e as mãos não se contém. Ruana se esfrega nele que é alto, moreno e lindo! Tudo nele é perfeito e ele a trata como uma cachorra. Ruana ama ser cachorra, se entrega... Saída apressada do bar, entram no carro. Mãos rápidas cruzam, esbarram, acariciam, invadem todos os cantos de seus corpos. Ela fica molhada. Ele diz sacanagens e ela corresponde. Tira o pau dele de dentro do Jens, chupa gostoso, levanta sua camisa e esfrega seu seio no peito dele. O pau dele é enorme, ela se diverte, chupa, beija, lambe e enfia dentro dela. Ele diz que sua bucetinha está queimando. Ela sabe que sim. No banco de trás do carro, ela ergue o vestido até os quadris e senta em cima de seu pau. Ruana esfrega, delira, geme, resmunga.
Ele beija todo o corpo e a cada estocada Ruana aperta os braços dele. Ruana goza deliciosamente. Ele acaricia sua xoxotinha. Coloca a boca no seu seio e suga gostoso até ficarem durinhos. Seus dedos dentro de sua bucetinha a fazem suar de prazer. Ele fala coisas sobre ela e seu corpo. Cachorra, puta, vadia. Ela goza novamente enquanto lambe sua língua. Ele segura seus cabelos e abaixa sua cabeça até seu pau. Enquanto ela chupa o cacete dele, ele olha.
O príncipe goza, na sua boca, no seu cabelo, no seu rosto.
Ruana vai embora. Sorri enquanto se lembra das espiadas que o manobrista dava.
Ela nunca vai esquecer o príncipe da Andaluzia!